Canção do esquecimento


Eu estava muito chateado naquele dia de Janeiro, fazia mais de 50° na cidade o calor estava até mesmo derretendo o asfalto das ruas, tomei um banho frio, estava muito tenso e ao contrário de muitas pessoas nem sempre acho que o banheiro é o melhor lugar para se pensar, sempre pensei que as ruas e as madrugadas eram os meus palcos prediletos para atuar, criar e sentir os meus pensamentos à flor da pela. Em quanto eu banhava eu batia as minhas mãos conta a parece e a tentava derrubar com a minha força, mesmo que isso fosse impossível tinha algum efeito sob mim. Vesti minha roupa me vendo contra o reflexo do meu espelho quebrado e manchado pela poeira da minha casa, já havia mês que eu não a limpava. Olhei de um jeito mais atento para o meu velho All Star e conclui que já estava precisando de um novo, as minhas meias estavam furadas e os sapatos bem gastos.
Fechei as janelas da minha casa e a porta também respirei e olhei bem fundo para dentro vi o quadro da minha tia na parece e me perguntei para mim mesmo com uma certa antipatia : '' Será que eu também vou ser esquecido assim ? ''. Vi que nem os filhos dela lembravam da mulher maravilhosa que ela foi, e será que eu também seria assim ?, será que eu seria esquecido assim como algumas canções que tocam somente em algumas estações. Fechei o ´portão e subi a ladeia da rua. Olhei a velha senhora que estava lá sempre a todos os dias de sua vida fazia chuva ou sol ela sempre estava lá sentada na varando em sua cadeira de balanço. Peguei aquela reta ruma a lugar nenhum.
Cheguei no centro da cidade e fui rumo a rua 4 foi algo que veiro repentemente ma minha cabeça em talvez ir visitar meu amigo Cristian pois fazia muito tempo que eu não ia lá velo, só prometia, e nunca cumpria. Fui. Mas como sempre, como de costume ele não estava em casa, nem me importei era muito comum isso vindo dele. Pensei em talvez ir ver meu outro amigo, Andrade, ele era cabedeleiro e eu gostava muito e ir lá, e fui lá, fiquei um pouco, logo chegou um amigo dele, minha cabeça estava dando voltas, logo depois um cara que era japonês apareceu em uma monarquie azul marinho, ele sorrir de um jeito que em fez meditar em o que era preciso para ser feliz.
Logo um cliente chegou e adentramos para dentro do salão, conversamos sobre tantas as coisas, e logo eu arranquei de tento da minha mochila uma folha de papel e lápis, comecei a desenhar, e conversávamos durante isso.
Quando olhei para fora eu vi aquela pessoa, sim aquela que revirou minha vida por 4 dias, estava com uma camisa laranja manga, e como sempre o lindo cordão de ouro reluzia-se contra a luz forte do sol, seus cabelos pretos mexiam tão levemente sobre sua testa eram movimentados pelo leve vento que tocava as colhas das árvores da rua e carregava as que estavam secas no chão.Mais duas pessoas caminhavam com você pela calçada, certamente você estava voltando para casa e em poucos segundo me levante e vi pela porta do salão você virando a esquina. Demorei só mais alguns minutos e fui para casa.
Me cabelo brilhava a luz do sol e ao vento, caminhava quase caindo, fechei os olhos e ouvia a nossa canção, meu filtro dos sonhos balangava ao vento e os lenços da minha mochila também.
Cheguei em casa e me sentei em baixo do chuveiro com um velho caderno meu e comecei a escrever algo para tentar te esquecer... Quando vi que não dava mais liguei o chuveiro e fiquei ali no chão frio em quanto a água apagava as palavras que escrevi pois só assim eles iriam desaparecer de mim. E enfim, eu já nem sei oque você foi pra mim, te esqueci para não me esquecer.







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